25.11.05
EM DEFESA DA OPINIÃO

A ironia é que foi justamente um estado-unidense quem afirmou que "o preço da liberdade era a eterna vigilância". Não se sabe se por uma onda de medo e preconceito cuidadosamente arquitetada, ou se pelo quê, o fato é que tenho a nítida sensação de que se está cochilando.
Que o Bush é um sujeito de digamos, inteligência não muito brilhante, é coisa que se sabe já há muito. Todavia, daí a bombardear a Al Jazeera, há uma distância grande, o que o coloca no claro rol dos homens perigosos. Mais; ainda que elese seja obtuso, seus acessores não o são e dado a conveniência de uma mídia amansada, pronta para repetir os refrões Império, têm se uma situação que nos exige atenção.
Mais: é um erro acahar que esse seja um caso típico provocados pelo conservadorismo estado-unidense; é tembém deplorável a ação de outros governos, como o britânico; parece que onde se ameaça de terrorismo, ponderar se torna crime, colocando nações primitivmente democráticas em situação que difere só em grau à das nações menos tolerantes.
Acrescente-se isso ao já pouco exemplar comportamento habitual da mídia, e mesmo das autoridades e do sistema legal brasileiro e vê-se que é possível devotar pouca confiança à mídia brasileira. É óbvio que devem haver limites, todavia é necessário estar sempre atento às vejas, jornais nacionais, foxes e agências estado-unidenses da vida. Menos mal, é que outros povos, alguns inclusive nossos vizinhos estão aprendendo isso. Nós também deveríamos.

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