8.3.08

NOTA OFICIAL DO GOVERNO BRASILEIRO

"O Governo brasileiro tomou conhecimento com grande pesar e consternação do assassinato de Isaías Carrasco, ex-vereador de Mondragón, militante do Partido Socialista de Euskadi e do Sindicato Unión General de Trabajadores (UGT), no dia de ontem, 7 de março.

Em nome do Governo brasileiro, expresso a Vossa Excelência e, por seu intermédio, ao Governo e ao povo da Espanha, meu sentimento de solidariedade aos familiares da vítima. O Governo brasileiro condena qualquer ato de violência de inspiração política.

Cordiais saudações,

Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República Federativa do Brasil"

...
Estou com o presidente; não serei eu que beatificarei os espanhóis, concordo com a autonomia de Euskadi, da Catalunye e da Galícia, mas veementemente discordo da violência como forma de se atingir determinados objetivos. Também lamento a morte do infeliz Carrasco, solidarizo-me com sua família e condeno os assassinos que levaram a cabo este homicídio. Que isto, todavia, não sirva de desculpa para aterrorizar os bascos.

6 LIÇÕES PORTUGUESAS SOBRE A ESPANHA

Diz um velho ditado português que "De Espanha nem bom vento, nem bom casamento". A justificação destes ditado, encontramo-la na história das relações entre Portugal e a Espanha, marcada por seculares atos de pilhagem, traições, guerras e ameaças. A tradição já não é o que foi, mas parece estar ainda bem viva se tivermos em conta alguns casos recentes. A questão é de natureza cultural, e portanto muito difícil de ser alterada.


1. COMO OS ESPANHÓIS TRATAM SEUS VIZINHOS A relação da Espanha com os seus vizinhos portugueses, ditos amigos ou irmãos na retórica política, é tudo menos amigável a julgar pela forma como percepcionam e tratam os imigrantes portugueses, incluíndo os seus filhos. Inquéritos recentes à Opinião Pública Espanhola são claros: Entre os povos que os espanhóis mais detestam, surgem à cabeça da lista o português e o marroquino.
Atravessar a Espanha, no passado, era um pesadelo, devido ao saque e roubos que os portugueses eram vítimas neste país. As coisas estão agora muito melhores, mas certas práticas ainda tardam em acabar. Em Fevereiro de 2006, seis policiais espanhóis da "Guarda Civil", da região de Cidade Rodrigo (Ciudad Rodrigo) acabaram por ser presos. Dedicavam-se a extorquir dinheiro a automobilistas estrangeiros, a maioria dos quais portugueses.
Outro dos tratamentos dados a portugueses que chocou a opinião pública, ocorreu no dia 22 de Junho de 2002, na Fronteira espanhola de Rosal de La Fronteira. O caso teve o condão de deixar profundamente apreensivos os restantes países europeus. Neste dia milhares de portugueses, entre os quais se contavam deputados à Assembleia da Republica, foram impedidos com extrema violência e sem qualquer explicação de se dirigirem a Sevilha para participarem numa manifestação européia contra a xenofobia e a Globalização. A atuação do Estado Espanhol desrespeitou todos os princípios em que assenta a União Europeia. A imprensa espanhola, sempre pronta a divulgar todas as más noticias sobre o país vizinho, remeteu-se ao mais completo silêncio sobre os acidentes nas fronteiras, em particular em Rosal de la Frontera. Este ato apenas reforçava uma convicção generalizada entre os portugueses, o de que a tradição xenófoba de Espanha não está morta, mas continuava a constituir uma séria ameaça.

2. A ESPANHA E O CRIME ORGANIZADO. Desde os anos 80 que Portugal tem vindo a ser invadido por bandos de criminosos sediados em Espanha. A abertura e ligação de todas as fronteiras por auto-estradas, assim facilitou estes assaltos, nomeadamente no norte (Minho e Trás-os-Montes) e no sul (Algarve). Estas organizações criminosas estão ligadas ao tráfico de droga, prostituição, assaltos (bancos, ourivesarias, bombas de gasolina, estabelecimentos comerciais, museus, residências, etc). Desde 2002 que existem crescentes suspeitas que a ETA, procura instalar células em Portugal.

3. ESPANHA E TRÁFICO DE DROGAS. A Espanha é a principal porta de entrada da cocaina na Europa, e o principal centro de branqueamento de dinheiro da droga. Todos os anos são presos em Portugal dezenas de traficantes espanhóis, 90% da droga que é aqui apreendida destina-se a Espanha.

4.ESPANHA E TRÁFICO DE SERES HUMANOS. A tradição escravocrata é antiga e tarda em desaparecer na Península Ibérica. Por incrível que possa parecer, no início do século XXI, tem-se multiplicado os raptos de portugueses que são depois levados para Espanha como escravos. Só em Abril de 2005, a Polícia portuguesa prendeu 23 negreiros de etnia cigana ao serviço de empresas espanholas. A partir de então, a comunicação social tem noticiado diversos casos de escravatura de deficientes por empresas espanholas. A barbárie em plena Europa.
Multiplicam-se os casos de empresas nos dois lados da fronteira que se dedicam ao trafico de pessoas, com a mais completa cumplicidade das autoridades espanholas. A 29 de Maio de 2006, por exemplo, a comunicação social denuncia mais uma empresa "portuguesa" que desenvolvia a sua actividade em Espanha (Valença) na construção de grandes empreendimentos turísticos. A sua "especialidade" consistia em contratar em Portugal imigrantes ilegais (ucranianos, moldavos e brasileiros) e depois levá-los para Espanha onde eram escravizados.
Em Abril de 2007 foram libertados em Navarra mais 97 escravos, a maioria das quais era de origem portuguesa. Os contratadores eram de etnia cigana, os escravos eram individuos débeis mentais, toxicodependentes e com graves problemas de integração social.

5.AS MULTINACIONAIS DA ESPANHA. Longas guerras no passado deram origem a relações baseadas na lógica do Saque e pelo menos o que se pode deduzir de exemplos como os seguintes. Aumentaram, em 2006, as denúncias de consumidores portugueses referentes a empresas espanholas. O esquema é quase sempre o mesmo. Em Portugal é publicitada a venda de produtos. Os consumidores que os compram pagam antecipadamente, mas quando depois os vão levantar descobrem que a empresa tem a sua sede algures em Espanha e lá ninguém responde pelos contratos feitos em Portugal. Uma vigarice.
As empresas espanholas que se instalam em Portugal, operam quase sempre numa lógica de saque ou de "secagem industrial". No primeiro caso, limitam-se a especular envolvendo-se em negócios obscuros, como o de Mario Conde no Banco Totta & Açores. No segundo, após adquirirem empresas industriais portuguesas, para depois se desfazerem das suas unidades produtivas e em transformá-las em meros entrepostos para a comercialização de produtos espanhóis. Largos setores da economia portuguesa foram desmantelados desta forma.
Uma das operações cada vez mais corrente, é a de pilhar o importante património cultural do país na posse de algumas empresas. Em 2005, por exemplo, após terem comprado dois jornais portugueses ( Primeiro de Janeiro e A Capital) e de os terem levado à falência, prepararam-se de seguida para transferirem para Espanha os seus preciosos arquivos, nomeadamente o do Primeiro de Janeiro. A imprensa do Porto denunciou o saque que estava a ser preparado (Agosto 2005).
No dia 15 de Maio de 2006, o jornal Expresso denunciou um caso que chocou o país. Numa vila do norte de Portugal, perto da Galiza, a multinacional espanhola ZARA, explora o trabalho de crianças. Uma delas tinha apenas 11 anos de idade e trabalhava para esta multinacional no fabrico de calçado. Em 2007, vem a público que uma empresa de construção civil (SOMAGUE), adquirida por espanhóis, em 2001/2002 esteve envolvida no financiamento ilegal de um partido português (PSD).

6.A ESPANHA E A ECOLOGIA.
Sucedem-se em Portugal os crimes ecológicos feitos por espanhóis numa lógica de total impunidade. Em Abril de 2007, por exemplo, um empresário espanhol abateu na centenas de zimbros, um espécie em vias de extinção na Reserva Ecológica do Alto Douro. Outro destruiu uma duna primária no concelho de Odemira (Alentejo) fragilizando deste modo as defesas da costa face ao avanço do mar.
Nas Ilhas Desertas, na Madeira, onde existe uma reserva de lobos marinhos, os pescadores espanhóis nas suas investidas assassinas contra estes animais e outras espécies protegidas, tem ameaçado de morte os guardas da referida reserva (Junho de 2005). Outro exemplo desta atitude espanhola de total impunidade para com os seus vizinhos, ocorreu entre 13 e 19 de Novembro de 2002, com o petroleiro "Prestige". Este petroleiro que transportava 70 mil toneladas de fuel, quando vinha da Estónia e se dirigia para Gibraltar, começou a derramar combustível ( 6 mil toneladas) junto à costa Galega, contaminando-a. A Espanha em vez de o rebocar para o porto mais próximo (La Corunha), começou por prender o respectivo comandante e depois afastou o navio destas suas costas, levando-o para sul na direcção das águas de Portugal, onde veio a afundar-se. Foi necessário a intervenção da marinha de guerra portuguesa para impedir que o mesmo fosse despejado nas suas praias.

Carlos Fontes

ORTEGA E GASSET, UM PENSADOR ESPANHOL

Antes de ler o texto aqui abaixo, dê uma espiada no que DISSE Ortega y Gasset, clicando no link anexado ao nome do artigo. Agora, abaixo, leia como o mesmo filósofo AGIA:

"Ortega é considerado o mais influente filósofo espanhol do século XX. Em teoria combateu a massificação das pessoas e a desumanização da arte, mas na prática assumiu uma conduta cúmplice com a ditadura franquista (Espanha) e a salazarista (Portugal), mostrando-se indiferente à barbárie nos dois países.

Ortega viveu em Lisboa entre 1942 e 1955, sempre rodeado de fervorosos defensores da ditadura salazarista. No seu luxuoso apartamento na Avenida da República, enquanto escreve sobre as grandes ameaças do mundo moderno, ignora o mundo que está à sua volta. Logo após a IIª. Guerra Mundial numa entrevista ao director jornal italiano - IL Giornale - manifesta apenas uma única preocupação em relação a Portugal era se os portugueses conseguissem matar o ditador Salazar. Se este fosse morto, segundo Ortega, instalar-se-ia o caos no país. O melhor que a população portuguesa devia fazer, na opinião deste notável filósofo, era conformarem-se à barbárie.

Ao longo dos 13 anos que viveu em Portugal, período apenas interrompido por algumas estadias em Espanha, mostrou sempre de forma clara e ostensiva que desprezava tudo o que aqui acontecia no país: a luta do povo português contra a ditadura e a miséria. O seu desprezo era extensivo aos milhares de republicanos espanhóis exilados em Portugal. O seu drama não o incomodou. A única coisa que o preocupava era a protecção que lhe prestava o ditador Salazar. Nas suas visitas a Espanha, depois de 1946, Ortega procurou de forma sistemática o reconhecimento de outro ditador: Francisco Franco.

A razão da sua indiferença em relação a Portugal tem uma explicação muito simples: Ortega faz parte de uma geração de políticos e intelectuais espanhóis que impregnados de ideias totalitárias e xenófobas não concebem a existência de Portugal. A sua existência histórica é assumida como uma "anomalia", algo que não se encaixa num discurso unitário da Península Ibérica dominada pela Espanha. A "teimosia" dos portugueses em serem independentes é sentida como uma ameaça à sua unidade de um território que a Espanha se reclama como herdeira. É por isso que Ortega tendo vivido em Portugal durante 13 anos ignora a identidade cultural e histórica do país.

Esta concepção xenófoba muito difundida entre monárquicos, republicanos e depois falangistas espanhóis, teve uma terrível consequência política em Portugal: Ortega e outros intelectuais espanhóis, como estas atitudes, ajudaram a consolidar a ditadura salazarista, dado que esta se afirmava internamente como um bastião contra as ingerências externas, em particular contra as espanholas."

Carlos Fontes

A OBRA E A GRAÇA DA ESPANHA

Em virtude do que o governo espanhol vem fazendo com os brasileiros, pela forma perversa, cruel, abusiva e arrogante com que vêm sendo deportados muitos compatriotas nossos daquele país, pretendo iniciar uma pequena série, chamada "As caras da Espanha", para nos lembrar de alguns bons exemplos do que é ser espanhol. Para mostrar que o lobo perde o pelo, mas jamais o vício, comecemos então nossa análise com este excelente texto de Por Voltaire Schilling, publicado originalmente no CMI:

"Que não viessem os republicanos e os liberais, como o escritor Pérez Galdós, com modismos: a verdadeira Espanha era católica ortodoxa e monarquista até as raízes. Um bastão da Contra-Reforma. Para defender a sua versão da história nacional é que Marcelino Menéndez y Pelayo, polímata eruditíssimo, editou a monumental Historia de los Heterodoxos Espanõles, que veio a público entre 1880 e 1882.

De altíssima qualidade literária, o ensaio dele tornou-se a Bíblia do tradicionalismo ibérico. No passado, no Medievo, assegurou Menéndez y Pelayo, a Igreja e o Trono viram-se ameaçados por uma interminável gama de seitas de "alumbrados", de iluminados, de místicos, de magos e bruxos, que se somavam à heresia dos luteranos, cujo objetivo final era desacreditar os valores do catolicismo e da monarquia.

Em tempos mais próximos, no campo da filosofia, por exemplo, o incômodo vinha de fora na forma do jansenismo (dissidência do catolicismo francês), do iluminismo francês (de Voltaire e caterva) e do liberalismo, com sua ênfase na secularização da sociedade e na defesa da separação da Igreja do Estado, como estava ocorrendo em boa parte do mundo de então. Menéndez y Pelayo, então um expoente da extrema direita espanhola, exaltou a Inquisição pelo seu papel inquebrantável na perseguição e eliminação efetiva de quem ousasse destruir a verdadeira Espanha: "[O Santo Ofício] fez o que era humano para atalhar o mal".

Deste modo, para ele, qualquer idéia reformista que almejasse vir a oxigenar os sombrios costumes nacionais era uma blasfêmia, merecedora de ser enfrentada com a mesma competência que o grande inquisidor Tomás de Torquemada e o cardeal Cisneros, sucessor dele, haviam tratado os heréticos no passado. Ainda que, em pleno século 20, as mulheres espanholas, sempre de preto, trancadas em casa, como García Lorca mostrou na peça La Casa de Bernarda Alba, de 1936, tivessem todos os motivos para serem batizadas de "Angústias", "Martírios", "Socorro" ou "Dolores".

Todavia, coetâneo ao aparecimento do primeiro volume da Historia de los Heterodoxos..., Pablo Iglesias, autodidata e tipógrafo, fundava em Madri, no ano de 1879, o PSOE (Partido Socialista Obrero Español), exatamente defendendo a plataforma que o erudito mais temia. Além das conhecidas reivindicações operárias, a agremiação de Iglesias tomou por bandeira a secularização da sociedade espanhola. Os socialistas espanhóis, os modernos heterodoxos, iriam revelar-se adversários formidáveis da Espanha tradicionalista de Menéndez y Pelayo, no firme intento deles de dotar o país com os costumes modernos, tão comezinhos entre países vizinhos com a França.

Entretanto, com a dolorosa guerra civil de 1936-39, ocasião em que a Espanha assemelhou-se a um matadouro no qual até os irmãos se esquartejaram, o movimento pela secularização foi suspenso. O general Franco, vitorioso, que se assinava "Caudilho pela graça de Deus" (introduzindo assim o despotismo por direito divino), quase que fundindo a Igreja e o Estado em nome de Cristo Rei, baniu ou sufocou, por 40 anos, qualquer possibilidade de o país conhecer instituições laicas, revogando a lei do divórcio de 1932 e reintroduzindo o catecismo nas escolas públicas.

Pois recentemente, mesmo transcorridos 30 anos da morte do ditador, democratizado o país, a Igreja e o Estado na Espanha voltam a estranhar-se exatamente pelas questões decorrentes da retomada da política de secularização que congelara-se na década de 30. O PSOE de José Zapatero, o herdeiro atual de Pablo Iglesias, ora no poder, quer dar seguimento à moderna legislação liberal (que parece ser tolerante com o casamento homossexual, além de aperfeiçoar a lei do aborto e o divórcio), todavia foi admoestado pelo próprio papa João Paulo II para não ir tão longe assim... afinal por lá, na Arena, ainda se pega touro pelo chifre."

3.3.08

CARTA AOS MENTIROSOS DO SBT

Me dei ao trabalho de preencher este formulário apenas pra dizer que vocês, com uma matéria ridícula e mentirosa sobre o Chávez, em que em momento algum iformam que a Colômbia invadiu o território equatoriano, não apenas perderam um telescpectador, mas ganharam um opositor para suas mentiras. O que vocês ganham mentindo? Estão a serviço de quem? Do Brasil não é, uma vez que a perigosa Colômbia faz frontira conosco, seus traidores vendidos que, de tão preocupados em falar mal do Chávez, se esqueceram de informar a verdade e se esqueceram de que existe a internet. TODAS as agências de notícias internacionais informaram a invasão e vocês não. Então, se o jogo de vocês é a mentira, do qual o Gugu já deu um excelente exemplo, eu não participo mais dele. Ouvir as mentiras de vocês é um preço alto demais a pagar para ver o Chaves. Passar bem!

2.3.08

Tudo o Que Temos

"Dez anos atrás, as companhias queriam de nós uma estratégia digital. Agora, querem uma estratégia ecológica.
Chris Hunter

Quase todos os dias em que ligamos a tevê, lemos um jornal ou acessamos a internet, nos deparamos com novos anúncios das mais recentes façanhas ecológicas de determinadas empresas. Trata-se de investimentos oriundos do setor financeiro, promessas de diminuição do gasto energético de indústrias ou preocupação com infra-estruturas mais adequadas à demanda ambiental.

Yahoo! e Google, por exemplo, chegaram a afirmaram que seus escritórios e centros computacionais não mais emitirão carbono a partir deste ano. No Brasil, a Ypê diz que investirá no plantio de milhares de árvores que compõem o bioma da mata Atlântica. Estas e outras iniciativas foram motivadas pela constatação de que uma postura empresarial voltada aos problemas ambientais seria bem vista e ainda poderia sair barata e lucrativa.

Mas alguns empreendimentos ecológicos são simplesmente inviáveis pecuniariamente, o que vem aumentando a frustração de vários ramos da sociedade. A Johnson & Johnson, que anunciou uma redução de 17% nas emissões de gases-estufa desde a década de 1990, obteve como saldo final apenas um crescimento de 24%. É evidente que reinam hipérboles e utopias. Uma mudança radical de postura por parte destas empresas é exigida, e sem real esforço, raramente atingida.

Algumas medidas parecem ser possíveis ou já estão sendo executadas, entretanto. O Bradesco, maior banco privado do Brasil, apesar de ser alvo de críticas recentes pela não-cessão das bolsas de estudo tão requeridas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, vem adotando uma série de iniciativas exemplares. A partir da criação do chamado Banco do Planeta, que tem logotipo e funcionários próprios, tal empresa já lançou o primeiro cartão de crédito feito de plástico reciclado do país, e cuja parte do lucro será repassado à Fundação Amazônia Sustentável.

Apesar de ainda haver a preocupação com o comprometimento a longo prazo, tais medidas são tudo o que temos. Até que possamos ter mais, ou que surja uma solução desvinculada do capitalismo e realmente eficaz – o que é difícil, se não uma utopia - só podemos agradecer. Afinal, por quais forem seus reais propósitos e por mais limitadas que sejam as dimensões de suas atitudes, ainda há alguém que deixe de falatório e tenha atitudes realmente concretas.


"A idéia de que posturas ecológicas são divertidas, fáceis e baratas é perigosa. Ser verde implica trabalho duro. A coisa toda é complexa. Nem sempre lucrativa. E as companhias precisam inaugurar o placar e passar efetivamente a fazer algo."
Auden Schendler

(Texto originalmente publicado n'O Irrevogável, em 6 de fevereiro de 2008.)

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