7.3.06

O EU PROFUNDO (À FALTA DOS OUTROS EUS...)


Hora Grave
Quem agora chora em algum lugar do mundo,
Sem razão chora no mundo,
Chora por mim.

Quem agora ri em algum lugar na noite,
Sem razão ri dentro da noite,
Ri-se de mim.

Quem agora caminha em algum lugar no mundo,
Sem razão caminha no mundo,
Vem até mim.

Quem agora morre em algum lugar no mundo,
Sem razão morre no mundo,
Olha para mim.

É assim: se sobre alguma coisa alguém falou algo mais belo, por que tagarelar? Não tagarelo: as pessoas não podem ser constrangidas a ler! Mas fica assim, moça: eu sei, tu sabes. E agora sabes mais: há inclusive certa reciprocidade. Só não há como...
A vida não é uma coisa estranha? É estranho DESEJAR e não poder voar. Eu queria voar... Quem não queria? Apenas nos acostumaos ao chão. A gravidade nos força a tal... Mas a tantas leis que criaram os próprios homens, que não são naturais...
Queria poder... Eu queria tanta coisa! Você, que me lê, também não quer muito? E às vezes pode, apenas não lhe é permitido? Não te premem? Então me entende. E é isso. Não posso, como me seria agradável, mesquinhamente, sem quaisquer promessa de futuro, passar minha mão sobre sua face. É como disse um certo poeta: só resta um tango argentino!
Então, à baila! Ou não?!?

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